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A essência da gestão de riscos | A importância do olhar humano

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Escrito por: Horiens - 07/05/2024

 

Nesta terceira e última parte da entrevista especial com Márcio dos Santos, o líder do Risk Labs fala da importância do olhar humano, especialmente para a análise de modelos deterministas. Confira!

Para ler a primeira parte da entrevista, clique aqui. Caso tenha perdido a segunda parte, clique aqui.

 

 

 

 

O olhar humano está muito mais voltado para análise de modelos deterministas?

Sim, na modelagem probabilística de modelos de engenharia o lado humano é preponderante, muito embora na análise de dados tenha também. Tentamos, por meio de modelos, reproduzir a realidade. Mas mesmo para a baseada em dados já sabemos que a construção de modelos de frequência é condicionada pelas próprias crenças e experiências do analista. Sempre vai ter um grau de interferência do humano na solução proposta, o que vai acarretar modelos diferentes, com diferentes variabilidades e comportamentos. Muitas vezes em função de crenças e aspectos subjetivos do analista.

Uma área que hoje é das mais avançadas é a inferência bayesiana. Ela combina informações anteriores, muitas vezes de caráter subjetivo, com informações da observação do fenômeno. Tem métodos para propor modelos cada vez mais alinhados aos dados e ao conhecimento anterior que se tinha. Existe um pressuposto que chamamos de estacionariedade. As coisas gravitam em torno de um valor médio em torno do tempo. Quanto mais informação se tem, mais se sabe o valor médio e as variações em torno da média e no longo prazo a média se mantém. Quando não existe essa estacionariedade, as médias se alteram ao longo do tempo, por exemplo, mudança climática, cada vez mais com eventos extremos. Se usarmos modelos de 50 anos atrás e acreditar que aquilo vai se perpetuar, estaremos equivocados. Essa constância já não se verifica porque o cenário mudou.

Pegue como exemplo uma máquina que acabou de ser fabricada e entrou em operação. Ela tem determinada taxa de falhas. Com o tempo, começa a falhar mais pelo envelhecimento. Se você usar as premissas utilizadas anteriormente, estarão equivocadas, porque você despreza que as taxas de falhas não são as mesmas das originais. Por isso é sempre importante atualizar modelos e o conhecimento prévio sobre determinado fenômeno com novas informações para ter conhecimento atualizado e assim decidir com base em risco. Essa é a forma mais moderna para ser utilizada em problemas de análise de risco. É exatamente nisso que o Risk Labs tem se especializado. Os modelos bayesianos combinam modelos baseados em dados com modelos subjetivos, com opinião de especialistas, para dar prognósticos mais realistas.

 

Até que ponto vai o trabalho da Horiens?

Atuamos desde o início. Sempre que cabível, entramos e fazemos essa análise e já começamos a discutir com as áreas comercial e técnica de seguros sobre possibilidades de mudança do clausulado, da apólice, valor da franquia, tudo sem prejuízo para o cliente. Muitas vezes entramos para explicar a proposta de modelagem para a seguradora. E aí vem a proposta de seguro, que é o momento em que geralmente saímos. É um trabalho para melhoria dos termos e condições da apólice, seja para redução de custos ou otimização da transferência. O trabalho vai até a contratação da apólice, porém, se o cliente estiver disposto, podemos prosseguir com a análise de riscos durante a operação ou a obra para evitar perdas, auxiliar na preparação de sinistros etc. Muitas vezes as seguradoras não têm parceiros para compartilhar esses achados e conclusões. Quando elevamos o nível da interlocução para uma base mais formal, profissional, de modelagem, a conversa se torna menos subjetiva. Isso ajuda muito o mercado, já que a seguradora quer fazer uma precificação também objetiva.

 

Tem vezes que inviabiliza o negócio?

Acontece, mas não é um cenário predominante. Muitas vezes o risco é ruim, de frequência alta, por exemplo, e a empresa quer transferir para a seguradora, que sabe muito bem precificar. Vai custar mais caro porque vai pegar o valor do risco e colocar lucro, custo administrativo etc. Precisa, por meio de gestão, melhorar os processos, a manutenção, troca de máquina, alguma decisão nesse sentido, um trabalho de longo prazo. Nos deparamos com frequência com esses dilemas em que analisamos o risco e comprovamos que o risco é desafiador para o mercado segurador.

 

A tecnologia do Risk Labs está disponível para apoiar todas as empresas em sua tomada de decisões referente a riscos. Acesse /quem-somos/risk-labs/ e consulte nossos especialistas para saber mais.

 

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