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Setembro Amarelo reforça a importância de cuidar da saúde mental

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Escrito por: Horiens - 02/09/2024

Você sabia que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
uma em cada oito pessoas no mundo vive com algum tipo de transtorno mental
diagnosticável? Esse dado sugere que, neste momento, alguém em sua rede de
relacionamentos – ou talvez você mesmo – pode estar enfrentando uma batalha
interna de natureza psicológica e emocional. Problemas de saúde mental, como
ansiedade e depressão, são cada vez mais comuns, causando sofrimento
significativo para as milhares de pessoas ao seu redor.

Setembro Amarelo: um movimento de esperança

A campanha Setembro Amarelo existe para lembrar a todos que ninguém
precisa passar por seus problemas e dificuldades sozinho. Esse movimento
surgiu nos Estados Unidos, em 1994, após a morte de Mike Emme, um jovem
de 17 anos que tirou a própria vida. Conhecido por seu talento com mecânica,
Mike restaurou um Mustang 1968 e o pintou de amarelo. Durante o funeral de
Mike, seus amigos e familiares distribuíram fitas amarelas com mensagens de
apoio a pessoas que poderiam estar enfrentando dificuldades emocionais. As
mensagens incentivavam aqueles que precisavam de ajuda a não sofrerem em
silêncio e a buscarem apoio.
O suicídio é uma das principais causas de mortalidade no mundo, sendo
considerado um problema de saúde pública. Realizada anualmente, a campanha
Setembro Amarelo busca sensibilizar a sociedade sobre a importância de discutir
o tema, combater o estigma associado aos transtornos mentais e,
principalmente, oferecer apoio a quem precisa. No Brasil, o movimento é
encabeçado pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), em parceria com o CFM
(Conselho Federal de Medicina) e a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

O caminho da prevenção

A psicóloga Raquel Calvalleri explica que o suicídio é a soma de diversos
fatores e destaca a importância de uma abordagem preventiva na promoção da
saúde mental. “O suicídio é o resultado final de um processo, é um sofrimento
que vai aumentando até o ponto em que a pessoa se vê sem saída. Precisamos
olhar para a saúde mental de uma forma abrangente, pensando nos diversos
aspectos que contribuem para sua manutenção: a atividade física, a higiene do
sono, a alimentação, as boas relações. Pensar em saúde mental é pensar em
qualidade de vida de uma forma geral, porque aí você vai criando fatores
protetores”, afirma.

A importância do cuidado com a saúde mental

A saúde mental tem um valor intrínseco e funcional na vida de qualquer
pessoa. Ela influencia a maneira como pensamos, sentimos, tomamos decisões
e construímos relacionamentos, tendo um papel decisivo no desenvolvimento
pessoal e comunitário. Quando temos saúde mental, estamos mais aptos a lidar
com os desafios e estresses, nos adaptar a mudanças, fazer escolhas
complexas, manejar emoções e encontrar propósitos de vida.

Especialistas acreditam que o aumento do número de casos de pessoas
com transtorno mental possa estar relacionado com os impactos do estilo de vida
contemporâneo, marcado pelo ritmo acelerado e as demandas constantes. A
pressão para ser produtivo, competitivo e bem-sucedido estaria contribuindo
para o esgotamento mental e emocional de uma parcela grande da população.
“As pessoas precisam repensar um pouco a forma como elas estão lidando
com as demandas da vida contemporânea, em que lugar elas estão colocando
o autocuidado em sua lista de prioridades. É preciso fazer uma reflexão sobre
os próprios hábitos, porque não existe uma receita pronta. Cada pessoa precisa
entender o que funciona para si”, destaca Raquel.
Priorizar atividades que promovam o bem-estar, estabelecer limites claros
entre trabalho e vida pessoal, fortalecer laços com amigos e familiares, e
reservar períodos sem o uso de dispositivos eletrônicos para reduzir o estresse
e melhorar a qualidade do sono são algumas estratégias para manter uma boa
saúde mental. Além disso, é importante ficar alerta para a identificação precoce
de sinais que podem indicar algum tipo de transtorno. Mudanças drásticas no
comportamento, isolamento social, perda de interesse em atividades
anteriormente prazerosas e manifestações de desesperança não devem ser
ignorados.
Lembre-se: a saúde mental é essencial para uma vida plena e satisfatória.
O Setembro Amarelo nos alerta de que não estamos sozinhos e que sempre há
ajuda disponível. Aja preventivamente, fique atento a você mesmo e procure
apoio de psicólogos, psiquiatras e outros profissionais aos primeiros sinais do
seu corpo e mente. Você pode contar com a ajuda de seu plano de saúde para
encontrar profissionais especializados em cuidar do seu bem-estar.

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