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Noventa e dois anos da conquista do voto feminino no Brasil

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Escrito por: Horiens - 22/02/2024

O sufrágio feminino – o direito de votar conquistado pelas mulheres – é um marco da história do país e dos direitos das mulheres. Saiba mais!

 

O dia 24 de fevereiro de 1932 é uma data histórica no Brasil, que marca a conquista do voto feminino. Durante alguns anos, porém, apenas as mulheres casadas, desde que com o aval do marido, ou viúvas e solteiras com renda própria estavam autorizadas a votar. O ano era da instituição do Código Eleitoral e da criação da Justiça Eleitoral, durante o governo Getúlio Vargas.

 

Com a Constituição de 1946, o direito ao voto foi ampliado a todas as mulheres, no entanto mais uma vez com alguns impedimentos: somente mulheres que trabalhavam eram contempladas com o voto obrigatório. Anos mais tarde, em 1965, com o Código Eleitoral que vigora até os dias de hoje, isso finalmente mudou.

 

Pouco mais de duas décadas mais tarde, a Constituição de 1988 representou mais um obstáculo superado, concedendo aos analfabetos o direito ao voto, um passo essencial nesta trajetória, já que segundo dados do IBGE cerca de 27% das mulheres adultas eram analfabetas na década de 80.

 

Mulheres pioneiras

Vale ressaltar que, embora a data de 24 de fevereiro de 1932 seja um marco, há mais de um século passos importantes e precursores ao sufrágio feminino vinham transformando o cenário na voz de mulheres que se tornaram nomes importantes neste contexto.

 

Atuaram intensamente por esta causa mulheres como Nísia Floresta Brasileira Augusta, educadora e escritora que viveu no século 19; Leolinda de Figueiredo Daltro, professora, indigenista e fundadora do Partido Republicano Feminino, em 1910; Bertha Lutz, bióloga e uma das fundadoras da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, entre outras organizações ligadas à causa feminina, e Almerinda Gama, advogada, jornalista e sindicalista, uma da primeiras mulheres negras a atuar na política no século 20.

 

Outro fato de destaque foi o reconhecimento do alistamento eleitoral feminino no Rio Grande do Norte, em 1927, que determinou que todos os cidadãos que reunissem as condições requeridas na época pudessem votar e serem votados, sem distinção de gênero. A primeira eleitora registrada no Brasil foi Celina Guimarães Viana, uma professora de Mossoró, interior do estado.

 

Outras mulheres obtiveram o registro de eleitoras no Rio Grande do Norte e votaram nas eleições municipais de abril de 1928, mas infelizmente os votos foram anulados, pois não foram reconhecidos pelo Senado. Ainda assim, o movimento sufragista do Rio Grande do Norte ganhou repercussão internacional, entrando para a história.

 

Outras mulheres pioneiras também marcaram época e história. Em 1933, a médica paulista Carlota Pereira de Queirós foi a primeira mulher eleita deputada federal na América Latina. No ano seguinte, a professora Antonieta de Barros, filha de uma escrava liberta, foi eleita para a Assembleia de Santa Catarina, tornando-se a primeira parlamentar negra do país.

 

Conquistas e novos desafios a superar
Todos esses fatos fazem parte da história recente e ainda há muito caminho a ser percorrido, como a conquista de mais espaço na política, por exemplo. Apesar de serem maioria do eleitorado brasileiro, a representação política feminina segue sendo baixa. Para se ter uma ideia, nas Eleições 2022, 311 mulheres foram eleitas, 2% a mais do que em 2018.

 

“Nas últimas décadas, tivemos o acesso ao voto e a transformação de diversos direitos das mulheres, pautas extremamente relevantes e que devem seguir avançando”, destaca Fernanda Antonelli, diretora de Pessoas, Comunicação e Marketing e coordenadora do Comitê de Diversidade e Inclusão da Horiens.

 

“Na Horiens, fazemos questão de reforçar em nossas práticas a equidade de gênero, pois acreditamos que o empoderamento feminino passa pela educação, pela informação difundida e pela pauta sempre viva. Falar do voto feminino é falar de uma conquista que abriu uma infinidade de portas para as mulheres”, completa.

 

Quer conhecer mais detalhes da história de mulheres como Nísia Floresta, Leolinda de Figueiredo Daltro, Bertha Lutz e Almerinda Gama? Clique aqui e saiba mais.  

Crédito das imagens:
https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?tag=leolinda-de-figueiredo-daltro
https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?p=22708
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2023/03/diploma-bertha-lutz-senado-exalta-luta-feminista
https://www.geledes.org.br/nisia-floresta-a-feminista-brasileira-que-voce-nao-encontrara-nos-livros-de-historia/

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